segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Otimismo e Esperança...



Pesquisa revela que os jovens brasileiros são os mais esperançosos no futuro entre 132 países
O jovem brasileiro é também jovem de espírito, otimista e com fé na vida. A frase pode parecer um daqueles achismos tão comuns nas rodas de discussões, mas que foram confirmados com uma pesquisa feita pela Fundação Getúlio Vargas, financiada pelo Instituto Votorantim e a partir de microdados da Gallup World Poll 2005, que levantou dados em 132 países. O levantamento partiu das perspectivas de futuro dos consumidores, percebendo seus interesses e expectativas de conquistas, verificando os impactos da escolarização e da qualificação do mercado de trabalho nas vidas. Sim, porque a nossa formação profissional e condições de trabalho interferem diretamente no desenho de um futuro próspero.

Frente ao restante do mundo, o jovem brasileiro revela dados interessantes como uma alta expectativa com relação ao seu futuro, demonstrando um significativo otimismo, mesmo daqueles que estão em condições de vida e oportunidade mais delicadas. A pesquisa pediu que de 0 a 10 as pessoas dessem valores daquilo que esperavam para seu futuro. A projeção de felicidade futura do jovem brasileiro de 15 a 29 anos é de 9,29, superior aos jovens do restante do mundo. O Brasil está na frente de países como Dinamarca, Estados Unidos e Reio Unido, entre os ricos e está bastante distante de vizinhos como Haiti, Paraguai ou os africanos como Etiópia e Uganda. O presente dos brasileiros fica abaixo dos 8,0 pontos, revelando a consciência sobre as dificuldades e necessidade de superação.Outro detalhe revelado pela pesquisa é que quanto mais jovem o entrevistado, mais otimista e esperançoso com o futuro e com a vida. Os jovens de 15 a 22 anos tem expectativas mais positivas que aqueles de 22 a 29 anos. A pesquisa justifica que na primeira faixa etária os envolvimentos com a vida escolar fazem parte do cotidiano dos jovens, que também se confrontam com a dúvida entre estudar e trabalhar. Já a segunda faixa etária está mais envolvida com o mercado de trabalho, seus desafios, necessidade de independência financeira e muitas vezes a sustentação da família. A pesquisa da FGV teve foco na Educação e Emprego do Jovem, observando quais os impactos dos ingredientes trabalhistas sobre a renda os jovens e a medida de estudo que é necessário para alcançar os objetivos e lugares almejados. A pesquisa confirmou a necessidade de cada vez estudar mais para ter melhores colocações no mercado. Contudo, o retorno financeiro dos anos de estudo é cada vez menor com relação a décadas anteriores, exigindo cada vez mais investimento maior em aprofundamento acadêmico. A investigação também revelou que a estagnação econômica é o principal fator que impede uma elevação da renda dos jovens.Por outro lado, se o acesso ao ensino e o tempo de estudo são mais necessários e alcançam uma parcela cada vez maior da juventude, isso não vem representando uma melhoria da qualidade de ensino. Pelo contrário. Daí, revela-se a importância de investir-se em políticas públicas de educação, especialmente com ênfase na melhoria do ensino, atualização das formas de ensino e aprendizagem.

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"É preciso sonhar, mas com a condição de crer em nosso sonho, de observar com atenção a vida real, de confrontar a observação com nosso sonho, de realizar escrupulosamente nossas fantasias. Sonhos, acredite neles."