sexta-feira, 24 de outubro de 2008

DIA NACIONAL DA JUVENTUDE


Temos muitos avanços a comemorar nesse Dia Nacional de Juventude. Pela primeira vez na história desse país foi realizado a I Conferência Nacional de Políticas Públicas para Juventude, onde as pastorais de juventude de todo o estado de Santa Catarina tiveram uma organização invejável e ajudaram a definir as 22 prioridades da política nacional para os próximos anos.
Mas isso tudo é o resultado concreto da nossa luta na Frente Parlamentar de Juventude, na elaboração do Plano Nacional de Juventude, do Conselho Nacional de Juventude, e da criação da Secretaria Nacional de Juventude.
O ProJovem vem para nosso estado esse ano e a partir de 2009 poderá vir para o oeste de Santa Catarina, Chapecó, onde vai apresentar uma oportunidade para todos os nossos jovens.
É dobrado o número de vagas nas universidades de nosso país e depois de 48 anos o nosso estado recebe uma nova universidade federal.
O número de jovens no mercado de trabalho aumentou. Segundo dados do IPEA- Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, entre os jovens com idade de 18 a 24 anos, 44% estão empregados com carteira assinada, e de 25 a 29 anos, esse índice chega a 46,7%.
Além disso, o Brasil é o país recordista no “Otimismo da Juventude”. Entre 132 países, uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas revela que a projeção de felicidade futura do jovem brasileiro de 15 a 29 anos, numa margem de 0 a 10, é de 9,29. Superior aos jovens do restante do mundo, o Brasil está na frente de países como Dinamarca, Estados Unidos, Reino Unido, entre os ricos, e está bastante distante de países como o Haiti, Paraguai ou os africanos como Etiópia e Uganda.
Estas são algumas ações já implementadas para a juventude. Temos a clareza que as demandas ainda são grandes, mas o caminho começa a ficar mais curto. Nossa nação começa a ver os jovens com outros olhos, não apenas como público-alvo de políticas públicas, mas sim como protagonista do novo momento.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Juventude X Mundo do Trabalho


Segundo análise do Ipea na Pnad-2007, os jovens de 15 a 29 anos somam 50,2 milhões de pessoas no Brasil e representam 26,4% da população. Mas o país está envelhecendo. Nos anos 1980, os jovens correspondiam a 29% da população e, pela projeção da Diretoria de Estudos Sociais do Ipea, devem cair a 19,1% em 2050.

Os dados foram divulgados no Comunicado da Presidência nº 12, "Pnad-2007: Primeiras Análises (volume 4) - Educação, juventude e raça". Desde o Comunicado da Presidência nº 9, os técnicos em planejamento e pesquisa do Ipea vêm analisando os números da Pnad.


A análise da juventude brasileira radiografada pela Pnad-2007 aponta que, nos últimos 15 anos, as condições de vida juvenil melhoraram em diversos aspectos: formalização do trabalho, escolarização, queda do analfabetismo e queda nas diferenças de gênero e raça. Mas há ainda muito a fazer.

A taxa de desemprego entre os jovens (14%) é ainda três vezes maior que entre os adultos (4,8%). Cerca de 18% dos jovens de 15 a 17 anos estão fora da escola. Dos que estudam, 26,4% dos meninos também trabalham, apenas 54,7% deles só estudam. Para as meninas as taxas são mais favoráveis: 17% delas estudam e trabalham e 66% só estudam. A taxa de atividade (percentual dos que estão trabalhando ou procurando trabalho) de jovens de 16 a 17 anos chega a 45%. "São números preocupantes. Em um país ideal, que semeia seu futuro, a taxa deveria tender a zero. Ou seja, esses meninos e meninas deveriam apenas estudar", analisa o diretor de Estudos Sociais do Ipea, Jorge Abrahão de Castro. "Mas a situação social, a necessidade das famílias e a pobreza empurra os jovens para o mercado de trabalho", diz Castro. "Pior: temos 7% de meninos e 12% de meninas que não estudam nem trabalham. Estes manterão o ciclo da pobreza no Brasil", alerta do diretor, que coordenou a pesquisa.

E a pobreza juvenil é alta. A pesquisa revela que apenas 15% dos jovens vêm de famílias com renda per capita superior a dois salários mínimos. Cerca de 30% dos jovens (um a cada três) são pobres e vêm de famílias com renda per capita inferior a meio salário mínimo. São 14 milhões de jovens vivendo com menos de R$ 208 mensais. Dois milhões moram em favelas. Aproximadamente 54% deles vivem em famílias de renda per capita entre meio e dois mínimos.
Apesar da vulnerabilidade do jovem no mercado de trabalho, houve aumento na formalização e redução do trabalho não remunerado.

"É preciso sonhar, mas com a condição de crer em nosso sonho, de observar com atenção a vida real, de confrontar a observação com nosso sonho, de realizar escrupulosamente nossas fantasias. Sonhos, acredite neles."